Uma entrevista que teve como pretexto o lançamento do Observatório das Crises e das Alternativas e o Dicionário das Crises e das Alternativas, lançado esta semana.
Em entrevista à Antena1, Boaventura Sousa Santos, considera que a Constituição está suspensa porque o Tribunal Constitucional prefere não fazer "muitas ondas", garantir a estabilidade, quando há direitos que estão absolutamente suspensos e o TC não faz nada.
Por isso, entende que vivemos uma democracia de muito baixa intensidade, praticamente suspensa
Boaventura entende que o PS, até agora, não tinha grande hipótese de se desligar da política feita porque assino o memo da Troika, mas com um segundo resgate, tem uma ocasião de ouro para dizer que NÃO!
Se pudesse também votaria NÃO ao pacto. Defende que Portugal devia negociar cláusulas de excepção por causa da emergência nacional, por exemplo uma moratória na dívida, durante um ano, entre outras.
Entende que esquerda europeia deve procurar alianças para derrotar o eixo franco-alemão. Os partidos de esquerda têm de se entender na Europa e com os outros países. Considera não haver nada de radical nisto.
Porque a Europa precisa de outras alianças. Se Hollande ganhar em França poderá fazer frente ao eixo. Até Paulo Rangel está de acordo com isto. Boaventura nota a tensão no governo entre Álvaro e Gaspar, educado pelo capital europeu.
Já se faz o discurso da saída da Grécia do euro, criando um sistema dual, em que uns têm Euro e outros as suas moedas. Até a Espanha também pode ser resgatada.
Por muito que custe a acreditar, um dos problemas deste momento é haver excesso de liquidez.
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