segunda-feira, 20 de junho de 2011

A primeira derrota de Passos Coelho

De manhã, à chegada ao Parlamento, Pedro Passos Coelho dizia estar confiante na eleição de Fernando Nobre. O candidato à Presidência da Assembleia da República mostrava-se sereno e tranquilo. A questão foi discutida na reunião do Grupo Parlamentar do PSD acompanhada por Natália Carvalho e o CDS, através de João Almeida, anunciava que os seus deputados iriam votar em branco. Paulo Portas explicava o desacordo da coligação.

Às 15 horas, depois de aprovado o relatório da comissão de verificação de poderes, os deputados votaram. Resultado: 106 votos a favor, 101 brancos, 21 nulos.


Falhada a eleição por 10 votos, Nobre foi à segunda volta... e ainda teve menos um voto que na primeira: 105 votos favoráveis, 101 brancos, 22 nulos. (Como a bancada do PSD tem 108 deputados, regista-se que nem todos os sociais-democratas deram o Sim a Nobre. Os dois deputados que faltaram à votação eram socialistas).


Depois de uma reunião com Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas e Miguel Macedo, Fernando Nobre dirigiu-se aos Passos Perdidos e anunciou aos jornalistas a sua desistência, não respondendo a perguntas. Peça de Madalena Salema.
No Plenário, Miguel Macedo lamentou e agradeceu ao deputado, aplaudido apenas pela bancada do PSD - Paula Teixeira da Cruz foi a primeira a levantar-se para o aplaudir de pé arrastando assim o restante grupo parlamentar.
Já lá fora, Pedro Passos Coelho fez tambem uma curta declaração, sem perguntas, para lamentar a oportunidadde perdida de ter "um verdadeiro independente" à frente do Parlamento.

Até às 14 horas de terça-feira, o PSD terá de  apresentar novo candidato para ser votado na sessão marcada para as 16 h. Nessa altura, já o novo governo tomou posse pelo que a composição do Parlamento será diferente daquela que hoje não elegeu o primeiro candidato proposto pelo líder da maioria.

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