Passos Coelho defende que Portugal só consegue sair da crise empobrecendo. “Não vale a pena fazer demagogia sobre isto, nós sabemos que só vamos sair desta situação empobrecendo, em termos relativos, em termos absolutos até, na medida em que o nosso Produto Interno Bruto está a cair" – afirmou numa conferência promovida pelo Diário Económico.
“Estamos a fazer isso para relançar o crescimento e não para ficar no ‘buraco do orçamento. O que estamos a fazer é para sair da recessão, não é para agravar a recessão”, com Passos Coelho a revelar que a derrapagem nas contas públicas, verificada no primeiro semestre se vai manter nesta segunda metade do ano.
Num recado implícito ao Presidente da República, o primeiro-ministro admitiu que havia "tecnicamente" outras alternativas, mas que não eram "credíveis" nem "desejáveis". "Nós não temos nenhum prazer em penalizar seja quem for" e "podíamos ter aumentado os impostos para todos", mas isso era aumentar a receita e não cortar a despesa, e seria externamente visto como o caminho errado.
Passos Coelho apresentou-se na conferência com uma mensagem razoavelmente optimista, afirmando-se como um homem prático com capacidade para “ir ajustando” o caminho. Peça
O Primeiro-ministro anunciou ainda que o governo vai avançar, na próxima semana, com as regras para o recurso por parte da banca à linha de recapitalização de 12 mil milhões de euros, previstos no programa da troika deixando a garantia que o Estado será um accionista passivo.
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