sábado, 18 de fevereiro de 2012

Presidente mantém os jornalistas à distância


Que os jornalistas iriam estar condicionados nas movimentações da sala de conferências já se sabia. No Briefing preparatório, realizado no início da semana, a comunicação social foi avisada que, devido a limitações de espaço e som, não iriam ser permitidos directos a partir da sala e, por isso mesmo, iria ser disponibilizado um espaço ao lado com acesso áudio e vídeo de onde os jornalistas poderiam seguir os trabalhos da conferência.
O espaço acabou por ser multiplicado em vários. As televisões ficaram com “o quarto da dona Amélia”, mesmo ao lado da sala de conferências e até com acesso visual através de uma porta envidraçada.
As rádios foram remetidas para uma outra sala, no andar de baixo, bem mais longe. A imprensa escrita, essa, optou, no início, por ficar na própria sala onde decorria a conferência. Mais tarde, com tantas limitações nas entradas e saídas, os jornalistas da imprensa escrita acabaram também por seguir os trabalhos na companhia das rádios.
O acesso condicionado para o qual os jornalistas tinham sido alertados transformou-se em mobilidade condicionada. Todos os movimentos foram controlados pelos agentes de segurança.
Andar de um espaço para o outro, subir ou descer as escadas, entrar ou sair da sala, só na companhia da segurança, fosse para atender um telefonema ou para uma ida à casa de banho. Passos condicionados. Limitação imposta apenas aos jornalistas, já que para os restantes convidados da plateia não havia restrições.

Até nas pausas para o café, os jornalistas estiveram impedidos de atravessar o salão e circular para além dos espaços que lhes estavam reservados. Chegar ou passar perto do Presidente, tornou-se, assim, impossível.
E se à entrada, pela manhã, virou a cara às câmaras de televisão, à noitinha, 10 horas depois, no final da conferência da natalidade, o Presidente adoptou um ar mais distendido à saída da Cidadela de Cascais, mas também não respondeu a perguntas.

1 comentário:

  1. Só pergunto porque os jornalistas se mantém lá??? Porque não vêm todos embora se não conseguem e não os deixam trabalhar? Deixem-no sózinho.....

    ResponderEliminar